sábado, 28 de abril de 2012

Sopetões e passeatas

O universo é uma grande disputa ideológica. Se não o universo, ao menos o planeta Terra, mas desconfio que esta questão seja universal, ao tempo que, na verdade, tanto faz.
Disputas ideológicas aqui e ali, gastamos nosso tempo com elas. Todos nós, ocupantes de qualquer um dos graus da espiralada consciência política. Discussões no facebook, no twitter, no ponto de ônibus, na mesa do jantar (no sofá do jantar, no caso de minha casa). Gastamos um tempo da porra com isso. Para que, no fim, quase tudo se perca no vazio... tempos fluídos esse, fluídos e cortantes.
Claro que tem momentos que nos preocupamos mais em entrar nestas disputas, outros menos. Não vejo nem o mais nem o menos como bom: o mais nos deixa loucos e o menos é alienante demais. Foi daí que tenho tentado conseguir me manter no mais ou menos. Ou em um "mais", mas um "mais" diluído. Um "mais" paciente. Um "mais" mais tranquilo.
As polêmicas pululam por todas as partes e sempre acabo querendo dizer mais do que cabe em um tweet, em um mural de facebook. E menos do que caberia numa pesquisa acadêmica. Daí que havia esse blog. E eu gosto tanto do nome desse blog. Mas ele estava inútil, esquecido.
Esquecido porque acabei reviravoltando a vida tanto que não me encontrei mais nele. Esquecido, mas guardado com carinho. Não esquecido, guardadinho. De alguma forma na minha cabeça de formação lógica demais e até bolchevique demais, coisas não se misturam: ou escrevia sobre o universo literário, ou escrevia sobre política, ou escrevia sobre as artes visuais, ou escrevia sobre sei lá que caramba que estivesse povoando meus poros em determinado momento. Estantes que não existem. E eu sou toda ressignificações.
E hoje, nesse agora (imaginário, mas quem liga) que sou tantas coisas em uma só, pura multiplicidade, não há porque não juntar tudo e ser a palavrista estética do mundo (salve Beuys), artista da sociedade. E escrever, escrever, escrever.

Um comentário:

  1. Eu sou um ser extremamente suspeito pra falar da blogueira Bruna porque gosto de tudo que ela fas os textos, as pinturas, exculturas, desenhos etcc... p q ela sempre fas muitas coisas ao mesmo tempo tudo nela leva um + louca de +, inteligente de +, linda de + e muitos outros ++++, sou fã incondicional de ser humano dessa mulher em que se transformou neste texto transpira muito do seu amadurecimento interior e os proximos devem vir de +.
    Eua Amo de + esta figura .

    Dalva L. Martins

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