terça-feira, 6 de agosto de 2013

2013

... em 2023

ficarei em êxtase ao lembrar que em junho de 2013, quando a nossa revolução começou a ser construída eu estava ensandecida! Entre os dias de luta se intercalava um doce formigamento no estômago, de quem deixou a segurança do seu mundo por amor, de novo. Era junho de 2013, milhares (ou milhões?) estavam nas ruas. Nós estávamos nas ruas e nos casando. Da forma mais linda e libertária e revolucionária que poderíamos (mal sabíamos que inventaríamos a cada dia uma nova revolução em nosso amor, sempre avançando rumo ao socialismo e à liberdade).

lembrarei daquela noite, há 10 anos atrás, quando completamos seis meses da nossa primeira pequena (gigantesca revolução) quando suas palavras me moveram para outro horizonte e nós demos o primeiro e derradeiro beijo. Naquela noite, a que completamos seis meses, eu estava deitada nua na cama, com a mão sobre o seio esquerdo, o direito deslizando sobre a cama, enquanto eu observava seu corpo nu, lindo, uma canção de prazer e luta. Do lado direito do seu torso repousava uma resistente gota de porra, aquela que eu não pude sorver (lembrarei também do gosto exato que ela tinha, diferente de sempre, era salgada). E de como deixei que você dormisse com ela, como se aquela ínfima gota fosse o registro em seu corpo do nosso amor.

sentirei aquelas mesmas dores no corpo que se seguiam a cada ato e do conforto pleno que existia em seus braços. Um conforto tão pleno que, tanto quanto me acalentava, me prendia a esta sensação. Me acostumava mal.

(...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário